No próximo sábado, Jorge Sampaoli terá uma oportunidade singular: conquistar a Copa Sul-Americana pelo Atlético-MG e consolidar seu nome na história do torneio, ao mesmo tempo em que põe fim a um jejum pessoal de títulos.
Fluminense x Atlético-MG; Sampaoli — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Atualmente, nenhum treinador venceu a Sul-Americana mais de uma vez: são 23 campeões diferentes desde a criação da competição, sendo 13 argentinos, 5 brasileiros, além de técnicos mexicanos, peruanos e espanhóis. Se triunfar, Sampaoli se tornará o primeiro bicampeão da história da competição continental — e também elevará ainda mais a supremacia argentina nesta edição. (Antenados no Futebol)
Jejum e redenção
Sua trajetória recente mostra que esse momento tem peso simbólico: Sampaoli não festeja um título relevante desde 2020, quando conquistou o Campeonato Mineiro em sua primeira passagem pelo Galo. (No Ataque) Já são cinco anos de seca, algo que ele já vivenciou antes. Na sua carreira, a última grande taça fora justamente com o Atlético-MG naquele Estadual, e antes disso, sua consagração vinha com a seleção chilena, quando venceu a Copa América de 2015. (Esportelândia)
A volta ao Atlético, anunciada oficialmente em setembro de 2025, reforça a ambição do clube e a confiança na capacidade transformadora de Sampaoli. O técnico assinou até dezembro de 2027, o que demonstra a aposta de médio prazo da diretoria no projeto. (Clube Atlético Mineiro)
História e legado na Sul-Americana
Sampaoli já tem histórico com a Sul-Americana: ele conquistou a competição em 2011, comandando a Universidad de Chile. (Wikipédia) Além desse título internacional, ele venceu três torneios nacionais com o clube chileno: o Apertura e o Clausura de 2011 e o Apertura de 2012. (Wikipédia)
Esse momento é ainda mais simbólico porque o treinador já viveu situações parecidas: na Universidad de Chile, ele promovia um estilo de futebol agressivo e ofensivo, o que chamou atenção do mundo e o projetou para a seleção chilena. (VEJA)
Pressão e expectativa
Para conquistar a Sul-Americana com o Atlético-MG, Sampaoli terá pela frente o Lanús, de Mauricio Pellegrino, outro argentino, na final marcada para Assunção – o que reforça a presença histórica e dominante da Argentina em decisões continentais. Se vencer, Sampaoli não apenas completará uma marca pessoal inédita, como também estenderá a “soberania” argentina no torneio.
Além disso, há a dimensão emocional: encerrar um jejum de títulos, justamente em um torneio que ele já conquistou, dá ainda mais significado à possível vitória. E, para os torcedores do Galo, a conquista representaria não só um troféu, mas a concretização de um sonho que voltou com força desde seu retorno ao comando técnico.
Perfil e avaliação
Sampaoli é reconhecido por sua personalidade intensa e obsessiva: segundo perfis jornalísticos, já chegou a “bater na porta dos jogadores” para convencê-los da sua visão de futebol, e é visto como um técnico “rock and roll”, que vive para o time. (VEJA) Sua carreira como treinador inclui passagens por clubes no Peru, Equador e Chile antes de se consolidar, mostrando versatilidade e experiência internacional. (SPFC.net)
Em sua primeira passagem pelo Atlético, Sampaoli registrou aproveitamento de 64,4% em 45 jogos, com 26 vitórias, 9 empates e 10 derrotas — um desempenho elogiado pelo clube. (Clube Atlético Mineiro) Contudo, o comentarista Zinho, em entrevista à ESPN, já criticou o perfil do técnico, afirmando que “não ganhou títulos de peso” e alertando para a alta rotatividade que costuma haver em times comandados por ele. (No Ataque)
✦ Fonte – Jogo de Hoje 360°