Após derrota para a LDU no Morumbis, treinador ressaltou que o time criou oportunidades, mas não conseguiu transformá-las em gols
Hernán Crespo, do São Paulo, contra a LDU — Foto: Marcos Ribolli
O técnico Hernán Crespo analisou a eliminação do São Paulo na Conmebol Libertadores, após a derrota por 1 a 0 diante da LDU, nesta quinta-feira (25), no Morumbis. Apesar do revés, o treinador avaliou que a equipe teve bom desempenho, mas falhou no momento de definir as chances criadas.
— Não concretizamos aquilo que criamos. Com todas as dificuldades que o grupo tem no dia a dia. Umas vezes alcança, outras vezes não. Como falei antes. Nesta situação, normalmente o futebol coloca no tempo as coisas como devem ser. Neste caso, futebol não é matemática e às vezes dois mais dois é igual a sete. Não deu quatro. Se dá quatro, a gente passava — comentou Crespo.
O comandante ressaltou que desde sua chegada já tinha consciência dos obstáculos enfrentados pelo clube, mas que, dentro das limitações, o São Paulo tem conseguido dar respostas.
— Você já sabe as dificuldades. Tem uma dinâmica por trás de toda venda e de toda compra. A situação é essa. Eu sei e se sei, mas também sei perfeitamente a situação em que o São Paulo está. Tentamos fazer o melhor possível, como estamos fazendo até hoje. Às vezes alcança, às vezes não. Às vezes você pega um time quase na zona de rebaixamento... Hoje está em sétimo. Deu certo no Brasileirão? Deu. Nas oitavas? Deu. Deu o máximo. Mas nossa realidade é essa. Hoje, tudo aquilo que eu possa falar para você parece uma desculpa. Mas não é. É a realidade — destacou o argentino.
Questionado sobre a escolha tática de escalar Rigoni pela ala direita, Crespo explicou que a intenção era aumentar a agressividade ofensiva.
— Não é a primeira vez que joga ali, até comigo ele já jogou ali, contra o 9 de Julho na Copa do Brasil. Com Rigoni, Ferreira e Luciano e as rupturas de Rodriguinho e Bobadilla, poderíamos produzir bem, a gente produziu, mas não converteu. A gente não jogou mal, o time jogou bem, poderia jogar melhor, sempre pode, mas estrategicamente o que criamos não foi concretizado em gol — disse.
O treinador também falou sobre a importância de manter a cabeça erguida para focar na sequência do Brasileirão.
— O único jeito de sair dessa situação difícil, de muita dor, é trabalhar. E acreditar, continuar. Acho que no futebol muitas vezes você pega aquilo que fez, mas muitas vezes dois mais dois é sete. E neste turno, com a LDU, dois mais dois foi sete. Não merecemos perder lá e perdemos. Chegou aqui, no primeiro tempo criamos muito, talvez pudesse ter vantagem, mas eles chegaram e fizeram um gol.
Sobre atuações individuais, Crespo comentou a oscilação de Luciano, a ausência de Oscar e o esforço de atletas que voltam de lesão.
— A coisa mais difícil de conviver com essas situações. Mas ele tem ocasiões para fazer. O problema quando vc não faz é quando não tem chances. Ele teve. Mas no momento não fez. Antes, no início destes 3 meses, ele tocava na bola e dava assistência e fazia gol. Tem momento que não. Mas as qualidades do Luciano não tem discussão.
— O Oscar não treinou. Não sei quem comunica vocês. Desde quando teve essa lesão. O Oscar não tem possibilidade até hoje de jogar. Vamos ver. Eu espero que talvez seja um milagre antes da Data Fifa. Se não, depois. Não treinou quase nunca enquanto estamos aqui.
— Tenho que agradecer a Luiz Gustavo, a Lucas Moura, a Oscar, o esforço que estão fazendo para voltar. Esforço grande. Com o Luiz Gustavo ok, poderia. Já tínhamos um acordo com o Lucas, que também não está 100%. E se esforçou tanto para chegar... A situação é esta aqui. Temos que ficar seremos, não é fácil. Noite de muita dor, porque, ao final do dia, o grupo deixou tudo dentro do campo — concluiu.
Crespo encerrou reforçando que o São Paulo produziu, mas não soube aproveitar as oportunidades.
— Pode se falar, mas aquilo que pensamos, se Rigoni não chuta na trave, se Luciano faz o gol, enfim produzimos muito, mas não convertemos em gol.
✦ Fonte – Jogo de Hoje 360°